A impermeabilização na construção civil é a ação de vedar ou selar determinadas superfícies de modo a protegê-las contra as infiltrações. Dessa forma, contribui para a maior durabilidade das construções, já que evita o surgimento de mofos, bolores, manchas e destacamento do revestimento interno.
As vigas baldrames são elementos estruturais horizontais de fundação capazes de suportar as cargas das paredes. Por se tratar de uma estrutura que está em contato direto com o solo, é de fundamental importância que seja feita uma correta impermeabilização de baldrame, pois manutenção ou obra de reparo no sistema de impermeabilização de uma viga baldrame é extremamente difícil e, por vezes, inviável.
Os custo de impermeabilização do empreendimento varia entre 2 e 3% do total. A falta ou deficiência dessa característica é responsável por 50% dos problemas patológicos nas edificações, o que pode acarretar num custo de 20% do total do empreendimento apenas para o reparo, ou seja, a execução da impermeabilização durante a obra é mais fácil e econômica se comparada com a execução depois da obra concluída.
A falta ou uso inadequado da impermeabilização compromete a durabilidade da edificação, causando prejuízos financeiros e danos à saúde. A água infiltrada nas superfícies e nas estruturas afeta o concreto, sua armadura, as alvenarias. O ambiente fica insalubre devido à umidade, fungos e mofo, diminuindo a vida útil da edificação, sem falar no desgaste físico e emocional do proprietário ou usuário que sofre com a má qualidade de vida causada pelos problemas existentes no imóvel.
Há alguns sinais que demonstram que as vigas baldrames não foram impermeabilizadas como deveriam. São eles:
• Descascamento da pintura;
• Manchas de bolor;
• Fungos e mofo na parede à uma altura normalmente de até 50cm do chão.

Figura 1 - Umidade ascendente
A figura acima demonstra o que acontece quando não é feita a impermeablização de maneira correta. Para combater isso as pessoas constuma, erroneamente, instalar pisos e azulejos de cerâmica sobre o local que está com problema, mas esta medida não resolve o problema de infiltração nas paredes, pois esse tipo de material tem a função de revestimento, e não é capaz de exercer o papel de sistema de impermeabilização.
Há dois tipos de impermeabilização: rígida e flexível. A rígida não acompanha a estrutura; dessa forma, deve ser utilizada em superfícies que não sofram com a variação de temperatura, com o movimento do solo ou que sejam suscetíveis a fissuras e trincas. Sua aplicação se restringe a locais com estabilidade, como, por exemplo: vigas de baldrames, poços de elevador, subsolos e piscinas enterradas. Para esse tipo de vedação, aditivos químicos são adicionados e misturados ao cimento ou argamassa.
Já, a impermeabilização flexível consegue se alongar e absorver a fissuração, acompanhando a estrutura. Desse modo, é indicada para áreas expostas às mudanças climáticas e que, por esse motivo, podem sofrer com trincas, infiltrações e umidade. Assim, a impermeabilização flexível consiste em materiais ou produtos aplicáveis na superfície a ser vedada. Podem ser moldados no local formando membranas ou serem pré-fabricados, como é o caso das mantas e lonas.